Terceiro presidente da republica

 SUCESSOR de Floriano Peixoto.

O sucessor de Floriano Peixoto como presidente do Brasil foi Prudente de Morais. Ele foi eleito presidente em 1894 e governou até 1898. Durante seu mandato, houve uma estabilização econômica e política no país, além de avanços em áreas como educação e infraestrutura. Ele foi o primeiro presidente a terminar o mandato sem interrupções, também foi o primeiro presidente civil eleito após a proclamação da República no Brasil em 1889.

Prudente José de Morais Barros (Distrito do Varejão, Itu, atualmente Mairinque 4 de outubro de 1841 – Piracicaba, 3 de dezembro de 1902) advogado e político brasileiro. Foi presidente do estado de São Paulo (cargo equivalente ao de governador), senador, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e terceiro presidente do Brasil, tendo sido o primeiro civil a assumir o cargo e o primeiro presidente por eleição direta

Durante o mandato de Prudente de Morais, o país experimentou uma estabilização econômica e política após anos de instabilidade. Alguns dos principais feitos do seu governo incluem:

Implementação de políticas fiscais responsáveis que permitiram a redução da dívida pública e o equilíbrio das contas públicas;

Promoção de investimentos em infraestrutura, como a construção de estradas e ferrovias, melhorando a conectividade entre as diferentes regiões do país;

Reforma educacional que visava ampliar o acesso a educação e melhorar a qualidade do ensino;

Estabelecimento de relações comerciais e diplomáticas mais estreitas com os Estados Unidos e a Europa;

Campanha para o fim da escravidão. Em 13 de maio de 1894, o presidente assinou a Lei Áurea, que pôs fim ao sistema escravocrata no Brasil.

Além disso, durante seu governo também houve a construção do palácio do catete, que viria a se tornar a residência oficial dos presidentes da republica

O palácio do catete foi construído no período do governo prudente de morais, com a intenção de ser residência oficial do governante da nação e sede do governo do país, transformando o Rio de janeiro na capital federal. Hoje abriga o museu da República.

Prudente de Morais assinou a Lei Áurea, que pôs fim ao sistema escravocrata no Brasil, mas ele não foi o idealizador desse ato. A Lei foi uma consequencia de um movimento abolicionista que veio desde o início da República, tendo como um dos principais precursores a princesa Isabel, já que ela assinou o "Golden Law" ou "Lei Áurea" em 1888. A princesa Isabel é considerada a "abolição sem sangue" e tem um papel importante na história da abolição da escravatura no Brasil. Prudente de Morais, ao longo de seu governo, seguiu essa tradição e trabalhou para a implementação da lei e sua efetivação.

O Palácio do Catete foi construído durante o governo de Prudente de Morais como residência oficial do presidente da República, então o seu objetivo principal foi fornecer uma residência adequada para o chefe de Estado. Ele foi construído no bairro do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, e se tornou um dos principais símbolos da República brasileira.

A escolha do local para construção do Palácio do Catete se deveu ao fato de que a cidade do Rio de Janeiro era então a capital do país e era lugar onde se concentrava as principais atividades políticas, administrativas e culturais do país.

Além disso, o Palácio do Catete também serviu como sede do governo durante o período da República, onde aconteciam muitas reuniões e cerimônias oficiais. Hoje em dia, o Palácio é um importante museu, que guarda uma grande coleção de objetos históricos relacionados à história do Brasil e sua presidência, que ajudam a contar a história do país ao longo do século XX.

Como todos os governos, o mandato de Prudente de Morais também teve algumas limitações e falhas. Alguns dos principais pontos negativos do seu governo incluem:

Continuação da exploração de trabalhadores, especialmente na região Norte do país, onde o trabalho escravo continuou em algumas fazendas, mesmo após a abolição da escravatura;

Poucas ações para beneficiar os trabalhadores e as classes mais pobres, ou para desenvolver programas de redistribuição de renda;

Falta de progressos significativos na área de direitos dos negros e indígenas e também na questão racial.

Uma política externa que não levou em conta os interesses do país e se alinhou aos interesses de outras potências estrangeiras,

O Governo foi acusado de ser um governo conservador, tendo alianças com os conservadores brasileiros e não tendo avanços significativos nas questões sociais.

Como é comum, as avaliações do governo de Prudente de Morais variam e dependem das perspectivas e contexto histórico, podendo haver opiniões diferentes sobre sua gestão.

O mandato de Prudente de Morais terminou de forma pacífica e constitucional, ele cumpriu o seu mandato até o final e foi substituido por Manuel Ferraz de Campos Sales, que foi eleito presidente em 1898. Ele se aposentou da vida política e voltou a sua cidade natal, onde viveu até sua morte em 1902.

É importante lembrar que a República no Brasil estava em sua fase inicial e ainda enfrentava problemas de estabilidade política e financeira. O governo de Prudente de Morais foi importante para estabilizar essa situação e para dar continuidade às ações que estavam em curso. Além disso, o fato de ter cumprido o mandato foi importante para a consolidação da democracia e do estado de direito no Brasil.

Prudente de Morais faleceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 17 de fevereiro de 1902. A causa oficial de sua morte foi apontada como falência múltipla dos órgãos, mas não há maiores detalhes sobre as circunstâncias ou as causas específicas de sua morte.

Casa de Prudente de Moraes, em Piracicaba-SP, foi onde nasceu e morreu essa figura histórica.

Hoje Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes

Localizado em  Piracicaba-SP

Ele foi sepultado no cemitério da Consolação, em Belo Horizonte, e seu túmulo é visitado por estudiosos da história do Brasil e por pessoas interessadas na história do país. Sua morte foi recebida com tristeza e saudade pelo país, uma vez que ele era visto como um líder respeitado e como um dos principais responsáveis pela estabilidade política do país naquele período.